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Também conhecido como Piroplasmose, Amarelão, Babesiose, Anaplasmose, Mal Triste e Tristezinha, o Complexo Tristeza Parasitária Bovina (TPB) compreende duas enfermidades causadas por agentes etiológicos diferentes, porém com sinais clínicos e epidemiologia semelhantes: babesiose e anaplasmose.
No Brasil, a babesiose bovina é causada pelos protozoários Babesia bovis e Babesia bigemina e a anaplasmose pela rickéttsia Anaplasma marginale.
São parasitas que vivem e se reproduzem dentro das células vermelhas do sangue (hemácias) e que destroem as mesmas a cada ciclo de multiplicação e, por isso, causam anemia intensa nos animais afetados.
Os agentes da TPB são transmitidos principalmente pelo carrapato do bovino (Rhipicephalus microplus). O Anaplasma marginale pode, ainda, ser transmitido mecanicamente por insetos hematófagos, como mutucas, moscas e mosquitos, ou por instrumentos (bisturis, agulhas) durante a castração ou vacinação.
Geralmente as bezerras têm imunidade colostral, ou seja, estão protegidas pelo leite colostro da vaca, durante os primeiros meses de idade. Depois disso podem ficar doentes ao entrar em contato com os carrapatos. Porém animais mais jovens podem adoecer por falhas na colostragem ou devido à queda dos níveis sanguíneos de anticorpos provenientes do leite da mãe, devido a outros fatores.
Dentre os sinais clínicos pode-se observar: febre (41ºC), anorexia, depressão, fraqueza, parada da ruminação, icterícia, emaciação, pelos arrepiados, anemia hemolítica com hemoglobinúria, mucosas pálidas ou levemente amareladas, aumento da frequência cardíaca e respiratória, são sugestivos de TPB. No entanto nos casos de infecção em que o agente etiológico é Babesia bovis, a doença se manifesta de forma aguda ou super aguda o animal pode morrer em poucas horas após o aparecimento dos sinais. Entretanto, dentre outras características esse hemoparasita, provoca alteração na morfologia nas hemácias, sendo assim estas se acumulam nos capilares dos órgãos viscerais, dificultando a circulação e consequentemente a oxigenação de vários órgãos e o cérebro fica comprometida provocando sintomas neurológicos.
O diagnóstico pode ser feito baseado no histórico dos animais (como infestação de carrapatos), através do exame clínico, em achados de necropsia (macro e microscópicos), e para um diagnóstico conclusivo, pode ser realizado hemograma (apresenta anemia severa) e o esfregaço sanguíneo, onde o material será observado em microscopia óptica, onde é realizada a busca pelos parasitas no interior das hemácias.
Para diminuir perdas com a TPB, o tratamento deve ser iniciado imediatamente à identificação dos sinais clínicos.
Em síntese, o sucesso de um tratamento depende de realizar-se um diagnóstico precoce, eliminar o agente, dar condições ao fígado de reação e manter o animal sob condições favoráveis, com mínimo de movimentação, sombra, água e alimentos de boa qualidade à disposição.
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